10 de jul. de 2015

Resultado de imagem para imagem legalCurtam o documentário sobre o nosso aluno haitiano, Ernest.


Ernst, um menino haitiano no Brasil

Do Haiti para o Brasil
No dia 12 de janeiro de 2010, o Haiti, um dos países mais pobres da América, sofreu um forte terremoto.  O sismo aconteceu a 22 quilômetros da capital Porto Príncipe. O país, que é uma antiga colônia francesa, foi a primeira república negra do mundo. Estima-se que, naquele momento, metade das suas construções foram destruídas, 250 mil pessoas ficaram feridas, 200 mil morreram e 1,5 milhões de habitantes ficaram desabrigados.
Por consequência da tragédia, a situação do Haiti se agravou, a água potável, a alimentação e os remédios tornaram-se escassos, saques e confrontos começaram a acontecer. Sem condições de continuar a viver e manter sua família no Haiti, muitos habitantes resolveram tentar a vida em outros países. Um dos destinos escolhidos foi o Brasil.
Os imigrantes que chegam aqui, tanto por meio do visto quanto por solicitação de refúgio,  devem ter seus direitos fundamentais e sociais respeitados, incluindo o acesso aos sistemas públicos de ensino. Neste âmbito, as crianças imigrantes estão amparadas pelo Estatuto da Criança e do Adolescente.
A história de Ernst
Em fevereiro de 2014, o pequeno imigrante Ernst Wensley Jules, de 9 anos, natural de Liancourt, Artibonite, no Haiti, iniciou seus estudos em uma instituição brasileira: a Escola José Protázio Soares de Souza, localizada em Caxias do Sul no Rio Grande do Sul.
Filho de Presno Jules e Cilise Aristil, o menino chegou ao seu primeiro dia de aula vestindo roupas sociais, vestimenta que era usual em seu país de origem, devido à importância dada à educação. Nos primeiros instantes de contato com colegas e professores, percebeu-se que ele falava línguas diferentes (crioulo e francês). Foi então que os professores passaram a se organizar para auxiliar o novo aluno, contando também com a ajuda dos estudantes brasileiros.
A professora Elizane Pruner passou a acompanhar o aluno nas aulas ministradas pela professora Thais de Quadros, os colegas mostraram preocupação em fazê-lo entender e aprender novas palavras. Um dos principais trabalhados desenvolvidos foi a elaboração de uma cartilha, na qual por meio de uma metodologia parecida com a do ensino da língua inglesa, começou-se o ensino do português ao Ernst.
Os professores tiveram um papel fundamental no aprendizado de Ernst, mas a participação da família também foi essencial. Em pouco tempo, o menino ampliou a sua comunicação com os colegas e tornou-se referência na escola, sendo visto com um excelente aluno, desde a resolução de cálculos de matemática até a participação nos jogos de futebol.
O ensino apresentado na escola buscou também aproximar todos os alunos da história do Haiti, mostrando a situação do terremoto que aconteceu em 2010 e a essência da cultura do país, por meio de vídeos e imagens.  Na arte, explorou-se a diversidade cultural. Na educação física, a integração entre brasileiros e haitianos.
Atualmente, a escola possui cerca de cinco alunos haitianos, que tiveram como base a metodologia de ensino desenvolvida com o Ernst. O webdocumentário, ERNST, UM MENINO HAITIANO NO BRASIL, apresenta os grandes personagens desta história.

Imigrantes de Caxias
Webdocumentário


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